PROJETO BLUETTE
BRAGA COM MARIA JOÃO MACEDO
MARIA JOÃO MACEDO COM PROJETO BLUETTE
ÂNGELO SOUSA E O PROJETO BLUETTE
PORTO COM ÂNGELO SOUSA
BLUETTE COM ÂNGELO SOUSA
ÂNGELO SOUSA
PROJETO BLUETTE NO PORTO COM ÂNGELO SOUSA
PORTO E ÂNGELO SOUSA
BLUETTE NO PORTO com BLUETTE
LIVRO DE REGISTOS DO PROJETO BLUETTE
"Todo o universo está dentro da cabeça de Barkeley.
"Todo o universo está dentro da cabeça de Barkeley.Berkeley está dentro da minha cabeça.Mas também se deve acrescentar que eu estou a viver dentro da cabeça de Berkeley.Como todos nós.E todos vivemos dentro da cabeça uns dos ouros que, por sua vez, vivem dentro da cabeça de Berkely.O que está do lado de fora está cá dentro e o que está cá dentro está lá fora ao relento."
Afonso Cruz
Jesus Cristo bebia cerveja
Bluette
PROJETO BLUETTE com Afonso Cruz e Maria João Lima
Projeto Bluette
― Afonso Cruz, Jesus Cristo Bebia Cerveja
Projeto Bluette
PROJETO BLUETTE- ALENTEJO
PROJETO “BLUETTE” PRETENDE LEVAR A ARTE A VIAJAR.
ESPAÇOS E ARTISTAS ENVOLVIDOS
Esta iniciativa desenvolver-se-á num período de quatro meses, abrangendo oito cidades de diferentes regiões, nomeadamente Funchal, Lisboa, Casa Branca (Alentejo), Porto, Braga, Barcelona, Bordéus e Berlim. Serão realizadas captações fotográficas, que serão integradas na produção de uma exposição coletiva a realizar-se na cidade de origem do projeto, ou seja Funchal, para que se demonstre a viabilidade deste género de iniciativas, que se querem inovadoras e potenciadora de partilhas de diferentes visões e experiências estéticas, formais e culturais, num espaço tão insular.
Reúnem-se em torno deste objeto, dez personalidades com diferentes experiências na área das expressões;
Raul Albuquerque (artista e fotógrafo-Funchal);
Margarida Ferraz (artista plástica/pintora-Lisboa);
Débora Rodrigues (fotógrafa-Lisboa);
Maria João Lima (designer gráfica -Casa Branca, Alentejo);
Afonso Cruz (escritor, designer, ilustrador e músico-Casa Branca, Alentejo).
Ângelo Sousa (artista multimédia-Porto);
Maria João Fernandes (designer-Braga);
Rui Jorge Figueira (fotógrafo-Barcelona);
Jorge Fernandes (médico e fotógrafo autodidacta-Bordéus),
Gito Lima (designer gráfico/publicitário -Berlim)
BLUETTE no ALENTEJO
MARIA JOÃO LIMA
O PROJETO BLUETTE, chegou esta manhã, 12 de junho, ao Alentejo, Casa Branca, à residência acolhedora de Maria João Lima e de Afonso Cruz.
Estamos entusiasmados para seguir a novas vivências desta cabeçuda aventureira, proporcionada por estes dois grandes artistas..
Maria João Lima
Nasceu em Lisboa em 1969.
Licenciada em design de Comunicação pelas Belas-Artes de Lisboa.
Trabalhou como designer gráfica em vários ateliês e empresas de Design. Atualmente é freelancer e trabalha na área editorial.
Ilustrou “O manel e o Miúfa, o medo medricas” de Rita Taborda Duarte (caminho, 2012)
www.pinterest.com/
MARIA JOÃO LIMA
AFONSO CRUZ
O PROJETO BLUETTE, chegou esta manhã, 12 de junho, ao Alentejo, Casa Branca, à residência acolhedora de Maria João Lima e de Afonso Cruz.
Estamos entusiasmados para seguir a novas vivências desta cabeçuda aventureira, proporcionada por estes dois grandes artistas..
AFONSO CRUZ é escritor, ilustrador e músico (pertence à banda The Soaked Lamb).
Em Julho de 1971, na Figueira da Foz, era completamente recém-nascido e haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, as Belas Artes de Lisboa, o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países.
Ganhou prémios nas diversas áreas em que trabalha e os seus livros estão traduzidos em várias línguas.
AFONSO CRUZ
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LOVE PEOPLE & BLUETTE
PARCEIROS
pelas parcerias conseguidas
pela artista e que minimizam os
custos do projecto, nomeadamente
o transporte e seguro da
obra. Monumental Fitness Club,
Atelier Gatafunhos, Promerch,
Gig Music School, Paralelo 32,
MadeiraLovers e Discovering
Madeira foram empresas que
aceitaramapoiar esta iniciativa.
CAIXA E PARCERIAS DO PROJETO
d5
A Inocência da Bluette
Bluette é uma viajante. Saiu da Ilha da Madeira e esteve percorrendo alguns cantos da cidade de Lisboa, primeiro acompanhada pela Margarida Ferraz e depois pela Débora Rodrigues. Julgo que foram boas companhias e acredito que tivessem partilhado algumas travessuras.
Abandonando a sua companheira Débora Rodrigues por alguns instantes, Bluette parou junto ao metro do Cais do Sodré e pensou: se descer encontro a linha verde, e depois? Apanho a vermelha, amarela ou azul? Nesse dia não estava para coisas subterrâneas e preferiu deliciar-se com um Choc´n´Ball… wau de tamanho XL, coberto de chocolate de leite crocante…
E depois? Teve mesmo de tomar uma decisão. Apanhar o 28… mas, para ocidente ou para oriente? Para Ocidente fica o Palácio da Ajuda, a Torre de Belém, os Jerónimos, o CCB, etc., lugares de História e estórias, espaços que recolheram os nobres depois do terramoto de 1755, onde se traçou o Mundo Português, e para oriente o Parque das Nações com a marca do investimento da Expo 98, mas também espaços de memória histórica e patrimonial de antigas quintas e conventos…
Absorta em pensamentos sobre direcções deu consigo a pensar que a tão poucos escassos metros, há muitos anos, aquele chão se enchera de sangue. Ainda de boca doce, reviveu uma história.
«Contam os documentos que na noite de 6 para 7 de Novembro de 1829 sofreu a igreja de Nª. Srª. da Graça do Estreito de Câmara de Lobos um roubo que muito escandalizou a população madeirense. Segundo o padre Fernando Augusto da Silva este episódio foi publicado num opúsculo de treze páginas que o Diccionario Bibliopraphico Portuguez cita como “Sentença da Relação de Lisboa contra Jacinto Fernandes e mais septe reos, culpados do roubo e desacato na egreja da Graça do Funchal. Morreram seis enforcados e o ultimo foi degolado (Datado de 6 de Março de 1830). Impresso em Lisboa na Typ. de J. B. Morando”. Julgamos que este impacto, a nível nacional, despertou interesse mais pelas penas aplicadas do que pelo perfil do crime em si mesmo.
Não tendo acesso ao processo seguiremos as informações do Elucidário Madeirense (Vol. I, A-E, 1998, p. 424). A porta da igreja foi arrombada e roubado do seu espólio vários vasos sagrados, algumas coroas de prata, um cordão de ouro com a imagem de Nossa Senhora, uma flor de prata com engaste de pedras encarnadas, uma cruz processional e duas lâmpadas de prata. O sacrilégio foi ainda mais violento no que concerne ao consumo das partículas sagradas que se encontravam dentro do sacrário.
Os réus, seis naturais da Madeira e dois de Portugal Continental, foram levados a tribunal e condenados pela Relação de Lisboa a 6 de Março de 1830: seis foram condenados à morte por garrote no Cais do Sodré (Lisboa) e dois a degredo perpétuo para a África. Os réus condenados à morte foram José Marreiros, da Infantaria 2, natural do Continente; Jacinto Fernandes, trabalhador; Manuel de Sequeira, trabalhador; Januário Soares, soldado da Infantaria 13, natural do Continente; João Rodrigues, de alcunha “o espera diabos”, trabalhador; João de Andrade, de alcunha “o rangido”, quadrilheiro. Januário Soares, João Rodrigues, João de Andrade, além da pena do garrote foram condenados a serem arrastados desde a cadeia até ao patíbulo, cujas cabeças cortadas deveriam ser expostas em postes durante três dias. Os réus condenados ao degredo foram Francisco de Sales Rodrigues, ourives, e Timóteo da Graça, trabalhador. No entanto, a pena aplicada a José Marreiros, morte no garrote, foi revista e aplicado degredo para África.
Parte do processo referente aos réus militares está depositado no Arquivo Histórico Ultramarino (A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx.39, Docs. 11267-70; A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx.39, Docs. 11290-94; A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx.39, Docs. 11283-84). Num ofício do Governador da Ilha da Madeira, com a data de 14 de Dezembro de 1829, confirma-se o roubo ocorrido na Igreja de Nª. Srª. da Graça que “foi arrombada a porta da Igreja (…), roubada a igreja, desacatado o Santissimo Sacramento, e levados os vasos com as Sagradas Termulas”. Informa, ainda, que os réus estão quase todos presos, nos quais entram dois soldados, e “a justiça continua o seu trabalho” (A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx.39, Docs. 11267-70).
Segundo outros ofícios, agora do Juiz de Fora do Funchal, datados do 31 de Dezembro de 1829 e 1 de Janeiro de 1830, sabemos que os réus foram enviados para Lisboa a bordo da Charneca Princesa da Beira (A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx.39, Docs. 11290-94).
Neste ofício é anexada a ficha do réu José Marreiros, praça do 1º. Batalhão do Regimento da Infantaria nº. 2. Filho de José Marreiros, natural de Lagos, com 21 anos e 3 de serviço militar, tinha assentado praça a 19 de Julho de 1826. Dos seus “sinais” ficou registado ter cabelos pretos e “olhos pardos”. Era solteiro e barbeiro de profissão. Nas observações da referida ficha lê-se que fora voluntário, tinha desertado a 6 de Dezembro de 1829, fora preso pelo Conselho de Guerra a 16 de Dezembro e “Achace implicado em huma Devaça de roubo sacrilego tirada na Cidade do Funchal”. Assina Joaquim Manuel de Fonseca, a 1 de Janeiro de 1830. Numa outra folha do Exército Português, José Marreiros é assinalado como “preso do Conselho de Guerra” e está registada a ordem para lhe dar ração.
Consta da lista dos presos: José Marreiros (“inspeçado” de nº.2), Januário Soares (soldado de nº.13), Timóteo da Graça, João de Andrade, de alcunha, o Rangido, Manuel de Sequeira, João Rodrigues, Jacinto Fernandes e Francisco de Sales Rodrigues. Assinada a 31 de Dezembro de 1829 por José Maria Monteiro (A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx. 39, Docs. 11290-94 ).
Noutro processo, “processo verbal dos réus”, datado de 19 e 21 de Dezembro de 1829, surgem mais dois nomes associados ao roubo da Igreja de Nª. Srª. da Graça: João Nunes, “inspeçado” do 1º. Batalhão do Regimento de Infantaria nº. 2, e José Bernardo de Santa Ana, cabo do 2º. Batalhão da Infantaria nº.13, companheiros dos dois militares continentais condenados, mas não constam da lista dos réus embarcados para Lisboa, o que se pressupõe a sua absolvição. Assina José Maria Monteiro, para “lhe dar o competente destino” (A.H.U., A.C.L., Série Madeira, Cx. 39, Docs. 11283-84).
Tinha sido dada ocorrência a 14 de Dezembro do desacato praticado na Igreja de Nª. Srª. da Graça, e agora cumpria dar conhecimento do resultado das diligências judiciais feitas pelo Juiz de Fora, Dr. Manuel Cirillo da Espernaça de Freitas que “foi exactamente a que se desejava”: “descobrio-se a Prata roubada, posto que já reduzida a piquenas barras, e tão somente com huma diminuta differença no seo pêzo”. E, por isso, “Na primeira embarcação segura serão os criminosos remetidos para Lisboa”. Embora não seja referido, a fundição da prata deveria ter sido obra do réu Francisco de Sales Rodrigues, ourives.
O Governador teceu os maiores elogios ao Juiz de Fora que “conduzio nesta dillegencia melhor que hum Ministro activo, e zeloso do Real serviço”. Afirma que o Juiz, apesar do inúmero trabalho oficial, foi muito rápido nas indagações e célere no processo, nunca faltando, nem atrasando os outros serviços que acumulava, e testemunha “que tendo acontecido nesta Ilha, no tempo de seos antecessores, diversos desacatos, e roubos de Igrejas, nunca pello resultado dos meios judiciais se descobirão os Rêos, nem os roubos, ficando sempre impunes os criminosos”. Assina a 21 de Janeiro José Maria Monteiro, ficando anotado que fora comunicado ao Ministro da Justiça a 26 de Janeiro de 1830».
(Vide Rita Rodrigues, “A Igreja de Nossa Senhora da Graça – Parte I – Contributos para a sua história”, Revista Girão, Vol. II, Nº. 6, CMCL, 2º. Semestre de 2011, pp.5-52).
d4
"Estilhacei o espelho
a pontapés
pensando destruir
a própria imagem.
(E era eu que habitava
além do espelho.)
Por isso em cada caco
habita agora
um pedaço de mim,
esquartejado".
(João Manuel Simões)
d3
LISBOA
magem , DÉBORA RODRIGUES, em Lisboa com o PROJETO BLUETTE, 2 de Junho 2015.
Lisboa
Cidade branca
semeada
de pedras
Cidade azul
semeada
de céu
Cidade negra
como um beco
Cidade desabitada
como um armazém
Cidade lilás
semeada
de jacarandás
Cidade dourada
semeada
de igrejas
Cidade prateada
semeada
de Tejo
Cidade que se degrada
cidade que acaba
Adília Lopes, in 'Poemas Novos'
d2
CARTA
Imagem, DÉBORA RODRIGUES, Lisboa, com o PROJETO BLUETTE.
Carta (Esboço)
Lembro-me agora que tenho de marcar um
encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer. Muitas
vezes me lembrei de que esse sítio podia
ser, até, um lugar sem nada de especial,
como um canto de café, em frente de um espelho
que poderia servir de pretexto
para reflectir a alma, a impressão da tarde,
o último estertor do dia antes de nos despedirmos,
quando é preciso encontrar uma fórmula que
disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É
que o amor nem sempre é uma palavra de uso,
aquela que permite a passagem à comunicação ;
mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,
de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós
leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio
ser, como se uma troca de almas fosse possível
neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e
me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas
vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,
isto é, a porta tinha-se fechado até outro
dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então
as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem
sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar
um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos
para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que
é também a mais absurda, de um sentimento; e, por
trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia
seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores
do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos
encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que
o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí
que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,
que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo
das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.
Nuno Júdice, in “Poesia Reunida”
d1
BLUETTE A POSAR PARA A FOTOGRAFA DÉBORA RODRIGUES
2 de junho 2015
LISBOA
Imagem , DÉBORA RODRIGUES, em Lisboa com o PROJETO BLUETTE, 2 de Junho 2015.
Lisboa
Cidade branca
semeada
de pedras
Cidade azul
semeada
de céu
Cidade negra
como um beco
Cidade desabitada
como um armazém
Cidade lilás
semeada
de jacarandás
Cidade dourada
semeada
de igrejas
Cidade prateada
semeada
de Tejo
Cidade que se degrada
cidade que acaba
Adília Lopes, in 'Poemas Novos'
BLUETTE em LISBOA
Imagem, DÉBORA RODRIGUES, Lisboa, com o PROJETO BLUETTE
.
Carta (Esboço)
Lembro-me agora que tenho de marcar um
encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer. Muitas
vezes me lembrei de que esse sítio podia
ser, até, um lugar sem nada de especial,
como um canto de café, em frente de um espelho
que poderia servir de pretexto
para reflectir a alma, a impressão da tarde,
o último estertor do dia antes de nos despedirmos,
quando é preciso encontrar uma fórmula que
disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É
que o amor nem sempre é uma palavra de uso,
aquela que permite a passagem à comunicação ;
mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,
de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós
leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio
ser, como se uma troca de almas fosse possível
neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e
me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas
vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,
isto é, a porta tinha-se fechado até outro
dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então
as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem
sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar
um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos
para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que
é também a mais absurda, de um sentimento; e, por
trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia
seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores
do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos
encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que
o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí
que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,
que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo
das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.
Nuno Júdice, in “Poesia Reunida”
LISBOA, com DÉBORA RODRIGUES
DÉBORA RODRIGUES, com o PROJETO BLUETTE , maio 2015
DÉBORA RODRIGUES
Débora Rodrigues (Funchal, 1989)
Mestrado em Estudos de Fotografia (2012, IADE);
Licenciatura em Fotografia e Cultura Visual (2010, IADE);
Licenciatura em Escultura (2014, FBAUL).
Exposições colectivas:
Apresentação de projectos no Palácio Pancas Palha (2015);
Underground Matters, colectivo Memento Mori, El Pep Books (2014);
Lisboa Nua - Centro de Informação Urbana de Lisboa (2011);
The Anonymous Book, Photokina Photography Fair (2010);
X10, Megarim (2010);
Deixa-me lavar o caos da tua cabeça, Fábrica Features Lisboa (2010).
Trabalhos empublicações:
Guia do Estudante Internacional - Engenharia, Arquitetura, Ciência e Tecnologia
(2015), Técnico Lisboa
Revista Valores Próprios nº 6, nº7, nº8 (2014, 2015), Técnico Lisboa
Guia do Lazer, Popeye – O Marinheiro (2014)
Guia do Lazer, Canto do Imperador (2013)
Cuntroll Femme Zine #2 (2012
Ser Designer por Armando Vilas Boas (2012)
Calendário CADIN (2012)
Origens, nº 16 e nº 18 (2010)
Politécnia, Politécnico de Lisboa, Ano VIII, nº 23 (2010)
Outros:
Masterclass Que farei com esta imagem com Margarida Dias e Rosa Reis, Teambox
(2013)
Reportagens freelancer:
Art!st - Academia de Dança, Teatro e Performance
Bad Boys of Dance
Casa dos Afectos
Formação Teatral
Hijas del Flamenco
Palco Plural
PMP Eventos
Portugal Dance Awards
São Luiz Teatro Municipal
Sentidos Limitados
Teatro Villaret
A artista Margarida Ferraz entregou dia 24 de maio a Bluette nas mãos da Fotógrafa Débora Rodrigues...segue caminho para outra aventura...
24 de maio 2015
imprensa maio 2015
UM HOMEM VULGAR
Provavelmente sou um homem vulgar
ouvindo cantos gregorianos
A palavra
“liberdade” é simples para mim
A minha vida estende-se
esfarrapada
longe de casa.
Não vou cantar para que adormeças
Alguns versos.
Algumas linhas sobre poesia.
Não falo com a boca cheia
de palavras.
Talvez não seja agora o momento:
o tempo
deixou-nos a falar sozinhos
CB2014
Margarida Ferraz
A BLUETTE CHEGOU A LISBOA no dia 14 de maio.Está nas mãos da artista plástica MARGARIDA FERRAZ.
Nasceu em Pemba (Moçambique), em Dezembro de 1964.
Viveu na Ilha da Madeira de 1975 a 2000.
De 1996 a 2000, frequentou o Atelier de Artistas da Circul’Arte.
Atualmente vive e trabalha em Lisboa.
MARGARIDA FERRAZ com o PROJETO BLUETTE,maio 2015
BLUETTE em Lisboa com a artista Margarida Ferraz.
..."Quanto mais longe no bosque, mais amplamente se abre o
Vale da Clarividência.
Se alguma dúvida há, o vento a dissipa.
Sem ser chamado o eco leva a voz
e de bom grado desvenda os enigmas do mundo.
Ao lado direito a gruta onde o sentido descansa.
À esquerda fica o lago da Profunda Convicção.
A verdade desprende-se do fundo e vem levemente flutuar à superfície.
Sobranceira ao vale a Certeza Inabalável
de cujo cume se estende a Vera Essência. "
Wislawa Szymborska, "Paisagem com Grão de Areia", Relógio D`Água, 1998
18 de maio 2015
18 maio 2015
"DESPEDI-ME DOS PÁSSAROS..."
.
.
maio 2015
maio 2015
MARGARIDA FERRAZ-lisboa
14 maio 2015
.....
5 maio 2015
"A SUA ALMA VULCÂNICA JÁ NÃO RESPIRA." A.J.G.
Na etapa seguinte, a peça escultórica será expedida numa caixa de madeira construída para o efeito (e que será reutilizada em todos os percursos) e seguirá viagem em direção a Lisboa, onde, durante duas semanas, estará à responsabilidade do artista convidado dessa cidade.